sábado, 14 de março de 2009

Momentos de Poesia


Eu explico-te:

Eu sou poeta quando digo que te quero!

Se digo que te quero… acredita!

Eu sou poeta quando te digo que sonho!

Também sonhas? Então também és Poeta.

(mas de olhos fechados não vale sim?)

Se em vez de te deixares vencer, consegues embelezar o monótono…és Poeta!

Se no Inverno sentires o cheiro do rebento das flores da Primavera…

Não, não estás senil, és mesmo Poeta!

Se acreditas em mim quando te digo que navego em mar sem água, a bordo de uma caravela sem velas, levada pelo vento do norte, do sul, do este, do oeste, do teu suspiro… és Poeta!


Achas-te criador…?

És Poeta.

Sofres? Então... Sofrer é Poesia!

Dás vida ao inanimado? És POETA!

Procuras?
Encontras?
Sorris?
Choras?
Magoas-te?
Dói?
Vais?
Voltas?
Achas-te insatisfeito?
Mas satisfazes?
Ainda não descobriste porque?

Não te preocupes, acontece… porque és Poeta.

Olha, queres que te ensine como se faz?

É simples, começas por tirar um bocadinho de monotonia ao tempo, olhas para o céu, vês para dentro de ti, se vires que ele é azul (sim, porque há coisas que nunca viste!), podes recordar-te do Mar, se te recordares de Mar, pensa em como ele é grande, se pensares na sua imensidão, vais esquecer o sufoco e lembrar-te da liberdade, se te lembrares da liberdade vais sentir-te feliz, se te sentires feliz vais querer partilhar com As Pessoas Especiais, se as tiveres perto de ti, vais alcançar a plenitude, por poucos momentos, é certo, porque o que é demais cansa, mas ficarás grato ainda assim. Vês? Está tudo dentro de ti. Mas lembra-te, só é possível se fores Poeta! É um ciclo inacabado... uma roda de necessidades.


Se não deres o monótono como impenetrável, inquebrável, igual ao “sempre”… és Poeta!


Se quiseres encontrar o impossível… procura na Poesia!


Achas que tens o poder de seres tu?

Achas que tens a liberdade que se impera ao teu ser instintivamente, como se não lhe pudesses virar as costas, como um grito que se propaga a uma velocidade igual à da tua mente?

És Poeta!

Tu és Tu?
Ontem foste tu?
Hoje és tu?
Amanhã queres continuar ser tu?

Então és Poeta!

És Poeta?
Então a tua voz é tão forte como o barulho de uma pena a cair no chão.

És Poeta se tentares que o mundo faça sentido nas tuas palavras mais profundas!


És Poeta se souberes que és inteligentemente ignorante.

Sabes disso?

Então és Poeta!


Percebes-te?

Isto, sim, é Poesia dos Poetas!
Consegues ouvir?

Não?

Experimenta!

És Poeta…
… és Homem.
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Rita Oliveira
14-03-2009